Vontade e Representação
Em última análise, a mente e a consciência nos permitem ver a representação da coisa-em-si. Esta, entretanto, não tem nada que ver com a mente ou consciência. É uma força impessoal que Schopenhauer chama vontade.
O filósofo emprega este termo porque a Vontade é a experiência direta mais próxima que podemos ter disso. É a Vontade o motor de nossas vidas.
É importante notar aqui que a coisa-em-si, segundo Schopenhauer, é incognoscível, mas experienciável, no que ele também se afasta de Kant. Por outro lado, o filósofo se aproxima do pensamento oriental, hinduísta e budista, que, pela via religiosa, chega às mesmas conclusões que Schopenhauer chegou: o mundo sensível é uma ilusão (Maya) que mascara uma realidade una e transcendente.